Logo no começo, lá atrás onde tudo ainda se confundia entra a esfera do sonho e da realidade, Tia Leide ou Dona Leda como preferimos chamar, nos fez uma visita marcante para a história do Café. Tão marcante que ganha o pódio das histórias a serem contadas aqui nesse espaço, nessa lousa digital onde rabisco nossas memórias.
Dona Leda chegou animada como genuína goiana que é, com todo o entusiasmo iniciou o processo de transferência de conhecimento da antiga e tradicional receita de família do pão de queijo.
O árduo treinamento foi dado por igual para toda a equipe, no entanto uma das colaboradoras teve a massa desandada. Pensei com meus botões: - hum...não vamos perder tempo com essa massa, na escola sueca onde aprendi a arte da panificação, a recomendação dos chefes era direta: não perca energia nem tempo! Jogue tudo fora e recomece de novo! Descrente e cabisbaixa, permiti a maestra em panos de tia, que seguisse seus ensinamentos. Munida da sabedoria da vida de uma mulher que até pedreira foi... e se duvidar até leite de pedra tirou...Dona Leda, afirmou que aquele pão de queijo não seria jogado fora!! Com todo tato e amor, amalgamou uns ingredientes a mais, virou mexeu e transformou a massa desandada em massa peta, leves tirinhas de queijo para acompanhar um rico café, recompensa merecida depois de tanto esmero da parte de todos!!
Moral da história: nunca desista, por mais que a coisa desande, você ainda consegue transformar, aproveitar. Não é necessário abandonar uma ideia só porque as coisas não saíram como você planejou. O gesto de Dona Leda manteve o ânimo da equipe, todos ficaram confiantes, não houve desdém ou desperdício e ainda degustamos deliciosos quitutes.
Essa lição é alimento para o corpo e para a alma e marcou o inicio de uma grande conquista: o BeCafé como o conhecemos hoje,com essa energia de perseverança e de fé!
